segunda-feira, 3 de maio de 2010

Cancro da mama - A prevenção radical





Mulheres tiram os seios para prevenir cancro in DN
Apanhou-me desprevenida a temática. A primeira reacção foi o desdém por esta mulheres que retiram uma das partes mais distintas do seu corpo. As notícias que têm vindo a sair sobre este tema dão o primeiro e praticamente único enfoque ao processo em si. A sensação com que se fica é a da mutilação. Mais adiante e depois de ler, ver e ouvir mais do que uma vez começa-se a saber as razões e os antecedentes que levam a esta decisão. A actriz americana Cristina Applegate, pelo seu estatuto social, deu visibilidade mediática ao problema. Depois de ter sido diagnosticada com cancro num seio optou por remover os dois.  "Eu não queria voltar ao médico de quatro em quatro meses. Preferi acabar logo com o risco", foi a justificação da actriz. 
A segunda reacção já não foi achar que só uma cambada de lunáticas podia fazer semelhante coisa, pelo contrário. Apesar de achar que pode haver casos com decisões muito precoces tenho também muito respeito pelos que preferem "cortar o mal pela raiz", aqueles a quem o "mal" já foi devidamente diagnosticado. O cancro continua a ser uma das maiores preocupações da sociedade, se o potencial de vir a desenvolver esta doença  leva as mulheres a serem preventivas então a terceira reacção é a que as chama corajosas.

Natacha Meunier

terça-feira, 20 de abril de 2010

A propósito das violações



Uma médica da África do Sul criou um preservativo "anti-violação" que funciona através de "ganchos" no interior que agarram o pénis. O objectivo deste produto é a distribuição no país durante o Mundial de Futebol onde, de acordo com as estatísticas, existem imensos casos de violações. Segundo a médica esta espécie de preservativo feminino não causa dor na mulher.

Natacha Meunier

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Violadores condenados. Pré requisito - experiência


Violador de criança com pena suspensa por não ter cadastro in Público


Por norma não costumo ser da mesma opinião que a maioria, mas neste caso tenho que concordar. Não houve uma decisão justa. Mais do que entristecer-me, revolta-me ver alguém capaz de fazer semelhante coisa a sair impune. É preciso haver uma espécie de "Curriculum Vitae" de abusos sexuais para se ter direito a uma pena equivalente ao crime de pedofilia? E pelos vistos mesmo os que têm conseguem escapar-se nas malhas da burocracia e na morosidade dos processos judiciais. Concordo com todos os que afirmam, radicais ou não, que a justiça em Portugal é praticamente inexistente. Quer pelas decisões dos tribunais quer pela imensidão de tempo que um processo leva a ter julgamento e resolução prática.
Discutia há poucos dias a indiferença dos cidadãos ao que está mal. Reclama-se muito em conversas de café e em filas de espera mas quando chega à tomada de acção parece que têm todos ou medo ou preguiça de fazer seja o que for. A minha posição neste assunto é a falta de esperança que se vem a amontoar no sistema. Perde-se a cidadania e o "pro-activo" da sociedade entre os papéis e sisudez das instituições Mesmo assim acredito que por mais que manchetes de jornal como esta possam desiludir até o mais activo cidadão, não pode nem deve ser motivo para cruzar os braços.

Natacha Meunier

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Quando o Jornalista é Carne para Canhão



A propósito da apresentação de hoje da jornalista Alexandra Lucas Coelho. A pergunta que lhe fiz sobre a reacção à aceitação do público aos pontos vistas que transmitia com os trabalhos que publicou sobre o Médio Oriente pôs-me a pensar depois. Cada vez que um jornalista trabalha sobre um assunto mais delicado, como foi o caso do trabalho da jornalista em questão aquando das reportagens sobre o conflito Israel Palestina, é exposto de tal maneira que nem o próprio faz ideia. A jornalista do Público esteve, a meu ver, à altura da pergunta. Quando as críticas tomam os dois partidos alguma coisa está bem. Concordo. Mas pergunto como é que um jornalista, e pergunto muito pessoalmente porque tenciono vir a sê-lo, abarca estas situações? Quando nos vemos no meio de mortos e feridos como o caso desta jornalista não nos podemos "colar" à utopia da objectividade. No meio de uma guerra parece um conceito absurdo. Em conflitos politizados um jornalista não pode tomar partidos mas concordo com a opinião de Alexandra Lucas Coelho quando diz que entre um Governo e as pessoas escolhe relatar o lado das pessoas. Mais do que na linha de guerra o jornalista está na linha de conflito. O conflito dos que vêem nas palavras de quem relata, opiniões e posições partidárias ou ideológicas. O jornalista torna-se quase no alvo de quem não está "lá para ver" e a única forma que tem de criticar uma guerra é atirar sobre o discurso do jornalista que por si só já não tem o trabalho facilitado.

Natacha Meunier


Link do livro Caderno Afegão da jornalista e autora Alexandra Lucas Coelho: http://cadernoafegao.tintadachina.pt/

terça-feira, 13 de abril de 2010

Media Públicos? Coisa do 3º Mundo


"Governo garante que RTP não será privatizada"in JN

Era uma vez um país sem estações televisivas pagas pelo Estado. Um país onde as empresas privadas não viam meio para atingir mais lucros. Onde os senhores engravatados, que falavam economês transpiravam notas de 500€. Onde os apresentadores tinham sido substituídos por robôs com baterias económicas e a palavra Jornalismo censurada..

Já pensaram no meio desta conversa toda onde é que fica o espaço para uma coisa chamada Jornalismo? Que diabo passou pela cabeça dos que se permitiram a ter esta ideia magnífica? Da última vez que verifiquei (sei que a Wikipédia pode não ser uma fonte 100% segura) ainda éramos um país em democracia. É muito engraçado dizer que o prejuízo é muito mau, é menos engraçado omitir que a liberdade de expressão de um país se traduz directamente nos meios de comunicação social. Mal de nós se ficássemos sentados no sofá a assistir à tomada de posse definitiva dos interesses privados sobre o interesse público. Ou foi assim há tanto tempo que houve interferências de empresas privadas em estações televisivas, e em espaços de suposta informação? Resta esperar que esta decisão não seja a curto prazo ou o "Era uma vez" passa de história da carochinha a História de Portugal.

Natacha Meunier

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Olha o Passarinho! Made in USA



Com certeza este vídeo já não trás novidade. A troca de câmaras fotográficas por AK-47 é um erro perfeitamente banal. É mais banal ainda trocar jornalistas e civis por terroristas. Os milhões de euros que os Estados Unidos tanto investem e mesmo depois de Obama continuam a investir serviram e servem para a banalidade desta filmagem. É assim que se consegue paz entre nações. Com fedelhos que mal distinguem um jogo de vídeo da realidade ou melhor, preferem não distinguir. Acham que isto da guerra é como nos jogos só que tem mais adrenalina.
Miúdos pouco mais velhos do que eu que nem sabem a capital ou a história do país ou da cidade de que acabam de plantar uns quantos mísseis. E isso para quê para servirem a grande pátria que é os EUA? Uma pátria de narizes apontados ao alto, com a impressão que é a maior? Não é com um legado de casos como este que a América pode continuar a querer brincar ao faz-de conta que é crescida e que as acções que toma têm uma maturidade inquestionável. Agora pergunto eu, quem vos disse que eram assim tão bestialmente bons ao ponto de serem os responsáveis por isto?


Natacha Meunier

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Diagnóstico - Dupla Personalidade


"Jardim diz que o país está ‘reumático’" in SOL
Se o Sr. Presidente do Governo Regional da Madeira diz que o nosso país está reumático então eu digo que ele está cirroso e vamos brincar a quem chama mais nomes a quem. Se a ideia é andar com isto para a frente como disse o querido Jardim num congresso de reumatologia (passo o pleonasmo, coisa a que o Sr. Presidente também não resistiu), porquê estar a bater no ceguinho?
É a mesma coisa que dizer, vamos lá ver se as coisas melhoram mas o problema é que está tudo mal. É muito giro dizer que o país "tem que arregaçar as mangas" e tudo mais mas também é giro passar anos e anos a atirar para este lado bordões políticos conforme o estado de espírito. Ora a meu ver que não sou amante magnata da política actual, também não é com a ideologia de pobre coitadinho que sofre de reumatismo que vamos a algum lado. Estamos precisamente sempre a pensar que temos que ir a inúmeros lados ao mesmo tempo, e quem não corre por gosto cansa. Com saídas deste género não tarda a cansar-mo-nos de vez a pensar que continuamos e vamos continuar sempre na cauda da Europa. Já deixou de ser um problema geográfico, já passou a ser doença e muito graças aos amigos doutores hipocondríacos que adoram diagnosticar a paralisia deste país. Políticos desta terra, parem por um momento de quer ser aquilo que não são e sejam por um momento aquilo que nunca querem ser.

Natacha Meunier